Tipos de Amor: Como Identificar o Seu

Publicidade

Amor não é uma experiência única, igual para todos. Ele pode se manifestar de diversas formas, intensidades e propósitos. Há quem ame de maneira intensa e imediata, outros preferem conexões que se constroem com o tempo. Alguns priorizam paixão, outros segurança, companheirismo ou liberdade.

Entender os tipos de amor que existem — e, principalmente, qual é o seu — pode te ajudar a se relacionar com mais consciência, alinhar expectativas e construir vínculos mais saudáveis. Afinal, quando sabemos como amamos, também entendemos melhor o que esperamos do outro e como podemos crescer juntos.

Neste artigo, você vai conhecer os principais tipos de amor segundo diferentes abordagens e aprender a identificar qual estilo amoroso é mais presente em sua vida.

Os 6 tipos clássicos de amor (segundo os gregos)

A filosofia grega antiga descreveu seis formas distintas de amor. Todas são válidas e podem coexistir em diferentes momentos ou relações.

1. Eros – o amor apaixonado

Eros é o amor do desejo, da atração física e da intensidade emocional. Está ligado à paixão, à química, à sedução. É impulsivo e tende a buscar o prazer imediato.

Características:

  • Alta intensidade;
  • Desejo sexual;
  • Emoções intensas e flutuantes.

Risco: Se vivido sem equilíbrio, pode virar dependência emocional ou ciúme.

2. Philia – o amor da amizade

Philia é o amor baseado em afinidade, confiança, respeito e companheirismo. É o amor entre amigos, irmãos e também entre parceiros que cultivam uma base sólida de amizade no relacionamento.

Características:

  • Lealdade;
  • Conversas profundas;
  • Cuidado mútuo.

Vantagem: Relações com philia tendem a ser duradouras e saudáveis.

3. Storge – o amor familiar

Storge é o amor natural e instintivo, que surge sem esforço. É o amor entre pais e filhos, entre irmãos ou entre pessoas que convivem com afeto genuíno e cotidiano.

Características:

  • Tolerância;
  • Acolhimento;
  • Amor incondicional.

Dica: Em relacionamentos amorosos, o storge pode surgir com o tempo — como um amor que se fortalece na rotina.

4. Ludus – o amor brincalhão

Ludus é o amor leve, divertido, sem compromisso. É a paquera, o flerte, o jogo da conquista. É mais comum em estágios iniciais ou em relações casuais.

Características:

  • Sedução;
  • Humor;
  • Liberdade.

Cuidado: Se ambos não estiverem na mesma sintonia, pode causar frustrações.

5. Pragma – o amor maduro

Pragma é o amor que nasce da razão e da construção a longo prazo. Baseia-se em compatibilidade, escolhas conscientes e compromisso mútuo.

Características:

  • Planejamento conjunto;
  • Paciência;
  • Compromisso realista.

Ideal: Para quem busca relações duradouras e baseadas em estabilidade.

6. Ágape – o amor altruísta

Ágape é o amor incondicional, generoso e compassivo. Não espera nada em troca. É o amor mais espiritual, que acolhe, perdoa e compreende.

Características:

  • Compaixão;
  • Empatia profunda;
  • Serviço ao outro.

Aplicação: Pode estar presente tanto em relações afetivas quanto em atitudes do dia a dia.

Os 5 idiomas do amor (segundo Gary Chapman)

Outro modelo útil para identificar seu tipo de amor é a teoria dos 5 linguagens do amor, criada pelo terapeuta Gary Chapman. Ela descreve as formas como expressamos e recebemos amor.

1. Palavras de afirmação

Sentir-se amado através de elogios, palavras doces, reconhecimento verbal.

Exemplo: “Adoro como você me apoia”; “Você é incrível.”

2. Qualidade de tempo

Valorizar momentos juntos, atenção plena e presença sem distrações.

Exemplo: Conversas sem celular, viagens, jantares sem pressa.

3. Atos de serviço

Demonstrar amor por meio de ações práticas, como ajudar, cuidar, resolver coisas.

Exemplo: Fazer o café da manhã, lavar a louça, buscar algo que o outro precisa.

4. Toque físico

Demonstrar afeto por meio do toque: abraços, beijos, carinhos, contato constante.

Exemplo: Segurar a mão, abraçar ao dormir, carinho nos cabelos.

5. Presentes

Expressar amor através de objetos simbólicos que demonstram atenção e intenção.

Exemplo: Uma carta, uma lembrança da viagem, um livro que a pessoa queria.

Como identificar seu tipo de amor?

Observe suas reações em relacionamentos passados

  • Você se sentia mais conectado com presença física ou com conversas profundas?
  • Ficava frustrado quando não era elogiado?
  • O que mais te tocava: palavras, gestos ou atitudes práticas?

Reflita sobre seus desejos e valores

  • Você busca segurança, intensidade ou liberdade?
  • Prefere estabilidade ou emoção constante?
  • Valoriza mais compatibilidade ou mistério?

Faça testes ou questionários

Diversos testes gratuitos online (baseados nos tipos gregos ou nos 5 idiomas) podem te ajudar a identificar seu estilo predominante.

Converse com quem convive com você

Pergunte a parceiros, amigos ou familiares: “Como você sente que eu expresso amor?” Às vezes o outro enxerga o que a gente não percebe.

Amor único ou múltiplos amores?

Você não precisa escolher um “tipo” de amor e ficar preso a ele. Muitas vezes, amamos de formas diferentes ao longo da vida, ou até em uma mesma relação.

É possível:

  • Começar com eros e evoluir para pragma;
  • Equilibrar ludus com philia;
  • Sentir ágape e também querer palavras de afirmação.

O mais importante é saber reconhecer o que você precisa e deseja — e comunicar isso com clareza e afeto.

Conclusão

Amar é uma experiência rica, complexa e profundamente individual. Conhecer os diferentes tipos de amor — e principalmente o seu — é um passo essencial para se relacionar com mais consciência, leveza e verdade.

Quando entendemos nossa forma de amar, podemos escolher relações que nos nutrem, em vez de viver repetições que nos ferem. Amor não é só sentimento: é linguagem, escolha e ação.

Descubra como você ama. Expresse isso com coragem. E receba o amor que faz sentido pra você.

Camila Macedo
Camila Macedo

Redatora especializada em relacionamentos e desenvolvimento pessoal. Há mais de 5 anos ajuda pessoas a se apresentarem de forma autêntica e com confiança, destacando suas qualidades, contando suas histórias de vida e se preparando para criar conexões reais e significativas.

Artigos: 47